Se Deus é bom, porque há tanto
sofrimento no mundo? Por que o crente em Jesus sofre? Quem, em sã consciência,
deseja sofrer? Quem deseja sentir as mais profundas dores da alma? Podemos
aprender algo diante de grande aflição? Como reagir mediante a agonia?
Tiago, escrevendo sobre o
sofrimento assevera: “Meus irmãos, tomai
por exemplo a aflição e paciência dos profetas que falaram em nome do Senhor.
Eis que tempos por bem aventurados os que sofreram. Ouviste qual foi a
paciência de Jô, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito
misericordioso e piedoso( Tiago 5:10-11). O apóstolo afirma que as
adversidades que enfrentamos neste mundo conturbado e infectado pelo pecado,
pasmem, são bem vindas. Apesar da dor não ser um bem em si, Deus utiliza tal
expediente para afeiçoar o nosso caráter a medida que aprendemos a depender
dele. Pode parecer um paradoxo, mas exercer a alegria em meio a dor significa
que a vivência cristã deixou de ser teórica ou meramente racional.
Segundo as
Escrituras, um dos sentimentos mais prejudiciais em meio a dor é a
auto-piedade. João relata o episódio da experiência de 38 anos de um paralítico
que vivia a beira do Tanque de Betesda. Jesus ao se aproximar dele, perguntou: “Queres ficar são?”( João 5.6). A
resposta do homem nos impressiona. Ele estava diante do filho de Deus e bastava
apenas sim “Sim eu quero”.
Entretanto, atente para sua fala: “Não
tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas,
enquanto eu vou, desce outro antes de mim.” ( João 5:7). Ele expressou seu
sentimento de autocomiseração, do maior sofredor da face da terra. Ao Inês de
ir de encontro a solução de seu problema, as suas palavras denunciam alguém com
dó de si mesmo. Se não fosse a misericórdia de Jesus... Tal postura só agrega
mais dor ao sofredor.
Em 1873 a
família Spafford estava preste a viajar para Europa, onde iriam encontrar o
Dwight L. Moody em uma de suas cruzadas evangelísticas. Um compromisso
repentino impediu o marido Horatio de viajar. A esposa Anna seguiu viagem com
as quatro filhas no navio S.S. Ville Du Havre, que acabou se chocando com um
navio inglês e afundou em apenas 12 minutos. “Anna enviou um bilhete para seu
marido: Salva, porém só.” Horatio
pegou um navio e foi ao encontro de sua esposa. Em um momento de sua viagem,
ele foi avisado que estava passando pelo local onde suas filhas haviam morrido
no acidente, e se sentiu profundamente comovido. Ele então voltou para sua
cabine e começou a escrever: “Se paz a
mais doce me deres gozar/ se dor a mais forte sofrer/ oh seja o que for, Tu me
fazes saber/ que feliz com Jesus sempre sou”. Nasceu justamente de uma
experiência muito dolorosa o belo hino 398CC que nos proporciona tanto conforto
e alento espiritual.
Sabemos,
que cada pessoa tem uma reação diferente para o mesmo tipo de sofrimento e isso
merece todo o respeito. Entretanto, quando o vácuo do coração apertar demais, lembre-se
que nosso Senhor não sai do nosso barco enquanto a tempestade não acalmar. “Mas
quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” ( Marcos 4:41).
DEUS TE ABENÇOE !!!
PR. Cláudio José F. de
Souza