quarta-feira, 3 de julho de 2013

Tenho fé, mas sinto dor!

Se Deus é bom, porque há tanto sofrimento no mundo? Por que o crente em Jesus sofre? Quem, em sã consciência, deseja sofrer? Quem deseja sentir as mais profundas dores da alma? Podemos aprender algo diante de grande aflição? Como reagir mediante a agonia?
Tiago, escrevendo sobre o sofrimento assevera: “Meus irmãos, tomai por exemplo a aflição e paciência dos profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que tempos por bem aventurados os que sofreram. Ouviste qual foi a paciência de Jô, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso( Tiago 5:10-11). O apóstolo afirma que as adversidades que enfrentamos neste mundo conturbado e infectado pelo pecado, pasmem, são bem vindas. Apesar da dor não ser um bem em si, Deus utiliza tal expediente para afeiçoar o nosso caráter a medida que aprendemos a depender dele. Pode parecer um paradoxo, mas exercer a alegria em meio a dor significa que a vivência cristã deixou de ser teórica ou meramente racional.
            Segundo as Escrituras, um dos sentimentos mais prejudiciais em meio a dor é a auto-piedade. João relata o episódio da experiência de 38 anos de um paralítico que vivia a beira do Tanque de Betesda. Jesus ao se aproximar dele, perguntou: “Queres ficar são?”( João 5.6). A resposta do homem nos impressiona. Ele estava diante do filho de Deus e bastava apenas sim “Sim eu quero”. Entretanto, atente para sua fala: “Não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.” ( João 5:7). Ele expressou seu sentimento de autocomiseração, do maior sofredor da face da terra. Ao Inês de ir de encontro a solução de seu problema, as suas palavras denunciam alguém com dó de si mesmo. Se não fosse a misericórdia de Jesus... Tal postura só agrega mais dor ao sofredor.
            Em 1873 a família Spafford estava preste a viajar para Europa, onde iriam encontrar o Dwight L. Moody em uma de suas cruzadas evangelísticas. Um compromisso repentino impediu o marido Horatio de viajar. A esposa Anna seguiu viagem com as quatro filhas no navio S.S. Ville Du Havre, que acabou se chocando com um navio inglês e afundou em apenas 12 minutos. “Anna enviou um bilhete para seu marido: Salva, porém só.” Horatio pegou um navio e foi ao encontro de sua esposa. Em um momento de sua viagem, ele foi avisado que estava passando pelo local onde suas filhas haviam morrido no acidente, e se sentiu profundamente comovido. Ele então voltou para sua cabine e começou a escrever: “Se paz a mais doce me deres gozar/ se dor a mais forte sofrer/ oh seja o que for, Tu me fazes saber/ que feliz com Jesus sempre sou”. Nasceu justamente de uma experiência muito dolorosa o belo hino 398CC que nos proporciona tanto conforto e alento espiritual.
            Sabemos, que cada pessoa tem uma reação diferente para o mesmo tipo de sofrimento e isso merece todo o respeito. Entretanto, quando o vácuo do coração apertar demais, lembre-se que nosso Senhor não sai do nosso barco enquanto a tempestade não acalmar. “Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” ( Marcos 4:41).
            DEUS TE ABENÇOE !!!


PR. Cláudio José F. de Souza